"Se o presidente Trump vencer, isso poderia trazer uma maior esperança para a paz na Ucrânia", disse Szijjarto.
Para o chanceler, no momento não se vê ninguém mais que "possa direcionar todo o cenário político internacional para uma posição mais pacífica".
Anteriormente, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, afirmou que o país desejava que Trump voltasse ao poder nos Estados Unidos e estabelecesse a paz na Europa Oriental, tomada por tensões geopolíticas.
Neste mês, Trump declarou que, se ganhar as eleições presidenciais, suas primeiras chamadas telefônicas seriam para os presidentes russo Vladimir Putin e o ucraniano Vladimir Zelensky, com o objetivo de pôr fim ao conflito no país.
Durante encontro com Zelensky em meio à realização da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) no fim de setembro, Trump declarou: "Temos um relacionamento muito bom [com Zelensky], e eu também tenho um relacionamento muito bom, como vocês sabem, com o presidente [Vladimir] Putin", acrescentando que "se vencermos, vamos resolver isso muito rapidamente".
As eleições presidenciais nos EUA ocorrerão em 5 de novembro, em uma disputa entre o republicado e a vice-presidente democrata Kamala Harris.
Hungria defende suspensão de empréstimo para a Ucrânia
Já na última semana, o ministro das Finanças da Hungria, Mihaly Varga, confirmou que suspenderia um empréstimo de 50 bilhões de euros (R$ 302 bilhões) que a Comissão Europeia propôs para apoiar a economia da Ucrânia até que os Estados Unidos elegessem seu próximo presidente.
Washington precisa que a União Europeia revise seu cronograma para a renovação das sanções dos atuais seis meses para cada três anos, para poder contribuir com cerca de US$ 20 bilhões (R$ 121 bilhões) para o empréstimo do G7, igualando a contribuição da União Europeia, disseram autoridades da UE, citadas pelo Euronews.
"Acreditamos que essa questão, a prorrogação das sanções russas, deve ser decidida após as eleições nos EUA. Temos que ver em que direção a futura administração dos EUA está indo com essa questão", disse.