A Ucrânia vem pressionando há muito tempo para receber aviões dos EUA a fim de reforçar sua defesa aérea, que lida com constantes ataques da Força Aeroespacial russa.
Com esse objetivo, o Ocidente começou a treinar pilotos ucranianos que já tinham experiência com aviões soviéticos, há cerca de um ano, no estado norte-americano da Arizona, na Dinamarca e na Romênia.
"Os EUA estão reorientando seu treinamento de pilotos ucranianos de F-16 para cadetes mais jovens, em vez de membros experientes da Força Aérea, uma decisão que pode estender por muitos meses o prazo para que Kiev tenha um esquadrão completo da aeronave de fabricação ocidental pronto para o campo de batalha", diz o jornal.
A publicação admite que, mesmo sem essa decisão, o treinamento atual do esquadrão de 20 caças e 40 pilotos não acabaria até a próxima primavera ou verão, "na melhor das hipóteses".
Os EUA acreditam que os jovens cadetes são mais abertos aos métodos de treinamento ocidentais e têm um melhor domínio do inglês do que os pilotos com experiência.
De acordo com o jornal, alguns pilotos ucranianos não conseguiram terminar o programa de treinamento por causa de não saberem inglês.
Além disso, alguns pilotos que têm experiência de combate resistiram aos métodos de treinamento ocidentais.
Contudo, o treinamento de cadetes do zero geralmente leva anos, diz o artigo.
Na Força Aérea dos EUA, o treinamento geralmente dura cerca de dois anos, seguido de meses de voos de treinamento.
Para os pilotos ucranianos, o período de treinamento é reduzido e eles são enviados diretamente para a zona de conflito após a capacitação.
O líder atual ucraniano Vladimir Zelensky anunciou a chegada de caças F-16 ao país em 4 de agosto e, no final do mês, o Estado-Maior ucraniano admitiu que uma aeronave já havia sido perdida.
A deputada do parlamento ucraniano, Maryana Bezuglaya, afirmou que o caça foi abatido por um sistema de defesa aérea Patriot dos EUA devido à falta de coordenação entre as unidades, mas o Pentágono se recusou a confirmar essa informação.
A liderança militar ucraniana colocou a culpa no piloto morto, que supostamente não conseguiu controlar a aeronave.
Como observou o presidente russo Vladimir Putin, o aparecimento de F-16 na Ucrânia não vai mudar a situação no campo de batalha: essas aeronaves vão sofrer o mesmo destino de outros equipamentos ocidentais fornecidos a Kiev – a Rússia as destruirá.