Nesta quinta-feira (17), o porta-voz da Guarda Costeira chinesa, Liu Dejun, disse que a embarcação japonesa — também vista navegando na área em junho, julho e agosto — havia "entrado ilegalmente" nas águas territoriais da China ao redor das ilhas na terça (15) e quarta-feira (16).
"Medidas de controle necessárias foram implementadas em conformidade com a lei, e avisos foram emitidos para afastar a embarcação japonesa", disse Liu segundo o South China Morning Post (SCMP), confirmando que a embarcação foi identificada como um barco de pesca japonês.
O porta-voz pediu ao Japão que parasse com "atividades ilegais" nas águas, disse que "Diaoyu e suas ilhas afiliadas sempre foram território da China" e prometeu continuar patrulhando as ilhas para defender a soberania, a segurança e os direitos marítimos do país.
A Guarda Costeira do Japão relatou, também nesta quinta-feira, que seus navios de patrulha estavam monitorando quatro embarcações da Guarda Costeira chinesa perto das ilhas e confirmou que um barco de pesca japonês estava operando a cerca de 10 km a oeste da maior massa de terra na quarta-feira.
As Diaoyu estão localizadas a cerca de 220 km a nordeste de Taiwan, 370 km a leste da China continental e 370 km a oeste de Okinawa, no Japão. Elas estão situadas perto de rotas marítimas vitais e cercadas por ricos pesqueiros.
A Guarda Costeira chinesa tem patrulhado as ilhas mensalmente. As pequenas ilhas desabitadas no mar da China Oriental são reivindicadas pela China e pelo Japão, onde são conhecidas como Senkaku.
As tensões sobre as ilhas aumentaram desde 2012, quando o Japão nacionalizou algumas delas, e Tóquio tem protestado regularmente sobre a presença de navios da Guarda Costeira chinesa nas águas ao redor.