Mais cedo, a mídia francesa relatou que Barrot chegou a Kiev para uma visita oficial, com a expectativa de um encontro com o homólogo ucraniano, Andrei Sibiga.
"Apesar do aumento do número de crises [globalmente], a Ucrânia é e continuará sendo nossa prioridade", disse Barrot em uma coletiva de imprensa conjunta com Sibiga.
A França também está "aberta" a convidar a Ucrânia para se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e atualmente está discutindo esse tema com outros aliados, acrescentou o ministro.
Na última sexta-feira (19), o ministro para Assuntos Europeus, Benjamin Haddad, afirmou que a França tenta convencer seus aliados da OTAN a enviar imediatamente um convite à Ucrânia para se juntar à aliança — embora a possível adesão ucraniana ao bloco militar ocidental tenha sido uma das causas para o atual conflito com a Rússia.
Já o ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu, prometeu que a assistência militar da França à Ucrânia será superior a 2 bilhões de euros (R$ 12,2 bilhões) em 2024. O pacote ainda inclui a entrega de caças Mirage 2000, fabricados na França, equipados com lançadores de mísseis ar-solo, e um programa de treinamento de pilotos que será lançado "antes do final do ano".
O presidente francês, Emmanuel Macron, visitou recentemente uma base militar onde 2.300 soldados ucranianos estão sendo treinados, enquanto Paris prometeu equipá-los com veículos blindados VAB, obuses Caesar e tanques AMX-10RC.
Por outro lado, também recentemente, Macron defendeu que a Europa deve reconsiderar sua forma de lidar com a Rússia, repensando as relações com Moscou no intuito de restabelecer a paz e criar uma nova ordem mundial que não seja "incompleta e injusta" como a atual.
A ajuda financeira e militar à Ucrânia tem dividido cada vez mais a opinião de autoridades e cidadãos da Europa, desgastados pelos prejuízos relacionados a esse apoio e à falta de crença em uma eventual vitória do eixo OTAN-Kiev no campo de batalha.