"Quando a gente fala de atingir esses objetivos, a gente tem que falar da matriz energética, de trazer uma matriz limpa, de descarbonizar essa matriz. E a [energia] nuclear entra como uma das fontes de energia que são essenciais para esse processo. Nós temos as renováveis, mas quando a gente traz a nuclear, a gente está falando das energias limpas. E há bastante esse entendimento errôneo de que a nuclear é suja. Sendo que ela é, na verdade, uma das mais limpas, uma das mais seguras também", afirma.
"E a presidência brasileira [no G20], [com] a gente tendo 40 anos de expertise em nuclear, energia confiável, energia de qualidade, a gente consegue também liderar esse debate no G20 e em outras frentes."
"Não apenas na questão energética, mas também nas suas diversas aplicações na indústria, no setor agro, no setor alimentício. A gente está preparando essa juventude, esses jovens que chegaram desses países e os brasileiros, para poder ter uma discussão mais enriquecida, para a gente estar preparado para as cúpulas do ano que vem, porque a gente vai ter a presidência do Brasil no BRICS ano que vem e também vai sediar a COP30 aqui [no Brasil], na cidade de Belém."
"A gente é uma área que tem muito conteúdo local — tanto o Brasil quanto a Argentina tem indústria da área nuclear —, e a gente precisa realmente desenvolver essas indústrias, precisa garantir, por exemplo, segurança energética, segurança alimentar, precisa garantir também a questão que se usa para medicina, para melhorar infraestrutura hospitalar com energia nuclear ou com tecnologias nucleares. Então acreditamos que isso vai contribuir muito para o futuro da nossa região."
"Porque a energia nuclear é igual à soberania nacional, precisamos de mais soberania, mais ciência, e Argentina, Brasil e todos os países da América do Sul temos que demonstrar ao mundo que podemos, com a nossa própria ciência, com a nossa própria tecnologia, avançar na zona de construção", afirma Costa.