O preço do ouro subiu 0,4% para US$ 2.732,45 (R$ 15.611,85) a onça troy no início do pregão em Londres nesta segunda-feira, representando um ganho de 40% em relação ao ano passado.
De acordo com o Financial Times (FT), a guerra no Oriente Médio, juntamente com a incerteza sobre o resultado da eleição presidencial dos EUA no mês que vem, sobrecarregou a demanda por ouro como um ativo de refúgio.
A antecipação de novos cortes nas taxas de juros norte-americanas, com a próxima reunião da Reserva Federal dos EUA (Fed) nos dias 6 e 7 de novembro, também ajudou a impulsionar os preços do ouro neste ano — uma vez que o metal precioso não rende juros, seus preços normalmente se beneficiam da queda das taxas.
Embora a demanda física por ouro tenha sido prejudicada pelos altos preços no principal mercado, a China, a compra de bancos centrais tem sido impulsionada pelo desejo de se afastar do dólar americano na intenção de diversificar as reservas dos Estados.
Os investidores ocidentais também investiram em ouro desde o verão (Hemisfério Norte), com cinco meses consecutivos de entradas globais em fundos negociados em bolsa lastreados em ouro de maio a setembro.
Para além disso, a alta nos preços do ouro se deve à incerteza política e alguma instabilidade fiscal ao redor do resultado nas eleições presidenciais nos EUA, que segundo especialistas ouvidos pela apuração, também impactaram os preços da prata de forma acentuada, atingindo um pico de quase 12 anos já que o metal é utilizado em eletrônicos e células fotovoltaicas.