"A Bolívia rejeita as declarações irresponsáveis, infundadas e interessadas feitas em 21 de outubro pela embaixadora de Israel na Costa Rica, Michal Gur-Aryeh, sobre a existência de bases militares do Irã e do Hezbollah na Bolívia", diz um comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores.
A nota reafirmou que a Bolívia é um Estado pacifista e, por conta isso, constitucionalmente proíbe a instalação de bases militares estrangeiras em seu território.
"Declarações sem qualquer fundamento, como a emitida pela diplomata israelense, buscam gerar confronto entre Estados, governos e povos latino-americanos, em contrariedade ao objetivo estabelecido na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) de consolidar a América Latina e o Caribe como uma zona de paz", repudia o comunicado.
As autoridades bolivianas também reafirmaram apoio ao reconhecimento da Palestina como Estado e ao cessar das agressões contra seu território, o que reflete o entendimento da maioria dos membros da Organização das Nações Unidas (ONU).
Ainda no fim de outubro de 2023, a Bolívia anunciou que decidiu romper relações diplomáticas com Israel por conta da guerra promovida na Faixa de Gaza.
"A Bolívia decidiu romper relações diplomáticas com o Estado de Israel. Diante disso, vamos transmitir oficialmente, através dos canais diplomáticos estabelecidos entre os dois países, este comunicado, alinhado com os princípios e propósitos da Carta das Nações Unidas", disse à época a ministra da Presidência da Bolívia, María Nela Prada.