Panorama internacional

Mídia: empresas de defesa apostam alto no desenvolvimento de armas a laser destruidoras de drones

Alguns dos contratados mais conhecidos do mundo, incluindo a RTX nos EUA e a MBDA da Europa, bem como a QinetiQ do Reino Unido, estão investindo pesadamente na tecnologia de ponta, enquanto os militares ao redor do mundo buscam maneiras de combater novas ameaças de drones e mísseis de baixo custo.
Sputnik
De acordo com o Financial Times (FT), a corrida para implantar as armas, cujos raios laser cortam metal e destroem eletrônicos, assumiu uma nova urgência, à medida que os governos buscam maneiras mais econômicas de lidar com a proliferação de drones e mísseis baratos.
No início deste ano, navios britânicos e norte-americanos foram forçados a disparar mísseis multimilionários para abater drones lançados por rebeldes houthis no mar Vermelho.
Especialistas da indústria de defesa disseram que o aumento do combate aéreo não tripulado destacou a "assimetria de custos" enfrentada pelos planejadores militares, nos quais o custo da defesa excede o do ataque.
Interceptadores tradicionais, como os mísseis terra-ar lançados pelo sistema Patriot construído pelos EUA, evoluíram para se tornarem "sistemas de sistemas altamente sofisticados", que tiveram um preço, segundo James Black, pesquisador de defesa na organização Rand Europe ouvido pelo FT.

Com milhares de drones de baixo custo sendo implantados na Ucrânia diariamente, isso ameaça "inclinar a assimetria de custos para mais longe do defensor e em favor do atacante", acrescentou o especialista.

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Força Aérea britânica testa com sucesso novo sistema de defesa de aeronaves a laser (FOTO)
No início deste ano, o Exército dos EUA usou lasers de alta energia para abater drones no Oriente Médio, no que foi considerado um marco para a indústria, fazendo lembrar filmes de ficção científica.
Com isso, o Ministério da Defesa do Reino Unido disse em abril que aceleraria o desenvolvimento do seu laser DragonFire, pretendendo implantar a arma em navios da Marinha Real até 2027 — cinco anos antes do planejado — ante o investimento do governo, ainda sujeito à revisão, de £ 350 milhões (cerca de R$ 2,5 bilhões).
Com a precisão capaz de acertar uma moeda (semelhante à de R$ 1,00) a um quilômetro de distância, o DragonFire britânico terá um custo por disparo equivalente a um décimo dos mísseis baratos houthis, que custam cerca de US$ 100 (R$ 568,89).

A equipe de 150 engenheiros e cientistas do setor de defesa liderada pela MBDA disse que a iniciativa foi a "primeira na Europa em termos de colocar um sistema de laser desta classe de potência e capacidade em funcionamento".

Apesar dos avanços recentes, especialistas da indústria disseram que o uso de armas a laser no curto prazo provavelmente permanecerá limitado. Os lasers funcionam em linha de visão direta e sua potência e alcance podem ser drasticamente reduzidos pela fumaça ou outros poluentes na atmosfera, além de dificuldades operacionais que envolvem o uso de uma plataforma estável e fonte de alimentação adequada.
Ainda de acordo com a mídia, mesmo quando a tecnologia estiver totalmente desenvolvida, especialistas disseram que as armas a laser e outras armas de energia direcionada devem ser vistas como uma capacidade complementar no campo de batalha, em vez de uma bala de prata.
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