"A criação do BRICS é, acima de tudo, uma reestruturação da ordem mundial, um questionamento fundamental do imperialismo norte-americano e do sistema – baseado militarmente na OTAN e diplomaticamente na União Europeia – que foi criado para o continente europeu depender dos EUA", disse Philippot à Sputnik.
Para o político francês, "a questão hoje é se estamos dispostos a morrer pelo imperialismo norte-americano ou se vemos no BRICS uma oportunidade para o desenvolvimento futuro em vez de uma ameaça existencial".
O líder dos Patriotas assumiu que a França, graças aos seus laços históricos com a Rússia e à sua proximidade geográfica com alguns membros do BRICS através de territórios ultramarinos, poderia se tornar um elo com esta aliança.
Sobre a presença de países como a Sérvia ou a Turquia na cúpula do BRICS, que começa nesta terça-feira (22) na cidade russa de Kazan, Philippot disse que "é um sinal de rebelião, de protesto" contra uma ordem mundial imposta pelos EUA.
"O que é necessário é a máxima soberania e independência", enfatizou.
No dia 1º de janeiro, a Rússia assumiu a presidência rotativa do BRICS para 2024, ano que começou com a admissão de novos membros.
A associação, inicialmente composta por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, foi ampliada com a entrada de Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã em 1º de janeiro de 2024.