Panorama internacional

'Espiral de morte': jornal explica como EUA podem ficar sem Marinha e Força Aérea

O complexo militar-industrial dos EUA enfrenta um problema: cada novo avião ou navio custa mais do que o anterior, o que pode levar ao "desarmamento unilateral" e à quase completa perda da aviação e da Marinha dos EUA daqui a uma geração, escreve o Responsible Statecraft.
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"Assim que o custo dos armamentos aumenta, o número de sistemas produzidos diminui.[...] Este fenômeno cria a chamada 'espiral de morte na defesa' quando o custo de uma nova arma excede os orçamentos de defesa", relata o artigo.
O artigo observa que, com os níveis atuais de despesas, a próxima geração nos EUA terá muitas empresas contratadas ricas e não aeronaves ou navios.
O autor chama esse problema de grande patologia do Pentágono, fornecendo estatísticas: nos últimos tempos, o Exército americano recebeu 21 aviões B-2, 187 caças F-22 e três destróieres da classe Zumwalt, em vez de 132, 750 e 32 respectivamente, como estava inicialmente previsto. Em 1975, a Força Aérea dos EUA tinha 10.387 aeronaves, contra apenas 5.288 hoje, segundo os autores do artigo. No mesmo ano, havia 559 navios na Marinha norte-americana contra 296 atualmente, embora o orçamento do Pentágono tenha aumentado em 60%.
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O jornal cita o ex-funcionário do Departamento de Defesa dos EUA e CEO da Lockheed Martin, Norman Augustine, que previu que em 2054 "todo o orçamento de defesa dos EUA será gasto em apenas um avião".

"Esta aeronave terá que ser compartilhada pela Força Aérea e Marinha 3,5 dias por semana, exceto nos anos bissextos, quando ela será disponibilizada aos fuzileiros navais para um dia extra", disse Augustine em 1983.

No início de julho, a Comissão de Estratégia de Defesa Nacional dos EUA publicou um relatório segundo o qual o complexo militar-industrial estadunidense não atende às necessidades do próprio país e de seus aliados, nem tem a capacidade de lidar com um conflito prolongado.
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