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Mídia: Europa não está preparada para se defender em caso de guerra terrestre em grande escala

© AP Photo / Harry NakosO novo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Mark Rutte, fala durante uma coletiva de imprensa na sede da aliança em Bruxelas, Bélgica, 1º de outubro de 2024
O novo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Mark Rutte, fala durante uma coletiva de imprensa na sede da aliança em Bruxelas, Bélgica, 1º de outubro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 16.10.2024
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Após décadas de restrição em gastos com defesa, os Estados-membros europeus da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), na visão de alguns especialistas militares dos EUA, têm apenas um pequeno exército que não conseguiria enfrentar um invasor sem o apoio norte-americano.
De acordo com a Bloomberg, os membros europeus da OTAN estão contemplando um cenário não previsto desde a queda da União Soviética: a possibilidade de uma guerra terrestre em grande escala em seu próprio território, algo que sem seus aliados de primeira hora, não poderiam sustentar por muito tempo.
Aqueles que defendem o fortalecimento da defesa europeia são motivados especialmente pelo pragmatismo quando analisam o panorama global ao perceber que a hegemonia norte-americana está em declínio.
Com o aumento das tensões ao redor de Taiwan, autoridades dos EUA seriam forçadas a desviar armamento de longo alcance do Atlântico Norte para lutar uma guerra no Leste Asiático e isso poderia desguarnecer a Europa.
A maioria da comunidade militar europeia não tem experiência em planejar ou comandar operações de força combinada em larga escala envolvendo várias nações, aponta a apuração. Ela é composta por exércitos nacionais separados que, para os propósitos da Organização do Tratado do Atlântico Norte, dependem dos Estados Unidos da América para liderança e coordenação. Mas a verdadeira capacidade de qualquer força militar requer que as tropas sejam bem equipadas e treinadas.
Sem o poder total das Forças Armadas dos EUA ao seu lado, os membros europeus da OTAN podem ter dificuldades para confrontar um "invasor poderoso", ou ainda detê-lo.

Em 2014, os membros da OTAN concordaram que gastariam cada um pelo menos 2% do seu produto interno bruto (PIB) em defesa até 2024. Cerca de 23 dos 32 aliados devem atingir a meta — acima dos apenas dez países do ano passado. Mesmo que os membros europeus atingissem coletivamente o nível dos EUA de cerca de 3,5% do PIB, seus gastos ainda ficariam atrás dos de Washington porque a economia da Europa está em um caminho de declínio em relação aos EUA desde a crise financeira global do final dos anos 2000.

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Desde o agravamento do conflito ucraniano, a aliança vem testando sistematicamente sua capacidade de movimentar tropas e equipamentos pesados por grandes áreas usando rodovias e ferrovias, aumentando tensões que não eram pensadas desde a Guerra Fria.
Mas a reconstrução das capacidades militares da Europa tem sido fragmentada e de escopo limitado.
Dentre as principais ação da Aliança Atlântica no sentido de reaquecer sua defesa foi o anúncio do chanceler alemão Olaf Scholz de um fundo de € 100 bilhões (cerca de R$ 615,8 bilhões) para modernizar as defesas do país; uma expansão significativa das Forças Armadas da Polônia para torná-la a terceira maior da OTAN, com foco pesado em tropas terrestres; um plano holandês para restaurar as forças de tanques das quais o país se livrou em 2011; e a chegada de novos helicópteros Apache e canhões de obuseiros Archer para o Exército britânico.
Apesar disso, reconstruir as defesas da Europa exigiria muito dinheiro que pode não se materializar. Segundo a apuração, alguns oficiais de segurança dizem que os gastos militares europeus podem precisar aumentar para até 4% dos orçamentos nacionais — níveis não vistos desde o fim da era soviética — para garantir que a OTAN possa lidar com as ameaças emergentes.
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