Alemanha vai reduzir pela metade a ajuda militar à Ucrânia mesmo se Trump vencer, diz mídia
11:36 17.07.2024 (atualizado: 14:40 17.07.2024)
© AFP 2023 / Odd AndersenO chanceler alemão Olaf Scholz (D) e o presidente ucraniano Vladimir Zelensky dão uma coletiva de imprensa conjunta durante a Conferência de Recuperação da Ucrânia em Berlim, 11 de junho de 2024
© AFP 2023 / Odd Andersen
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A Alemanha vai reduzir pela metade a ajuda militar à Ucrânia já em 2025, mesmo com a possibilidade de o ex-presidente e candidato republicano Donald Trump regressar à Casa Branca e reduzir o apoio a Kiev como já anunciado.
De acordo com a Reuters, a ajuda alemã à Ucrânia será reduzida para € 4 bilhões (cerca de R$ 23,8 bilhões) em 2025, contra cerca de € 8 bilhões (aproximadamente R$ 47,7 bilhões) em 2024, de acordo com um rascunho do orçamento para 2025 visto pela apuração.
A Alemanha espera que a Ucrânia seja capaz de satisfazer a maior parte das suas necessidades militares com os US$ 50 bilhões (cerca de R$ 272,4 bilhões) em empréstimos provenientes dos rendimentos dos ativos russos congelados ilegalmente conforme decidido pelo G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), e que o fundo destinado ao armamento não seja totalmente utilizado.
Segundo fontes da mídia, autoridades afirmaram que os líderes da União Europeia (UE) concordaram com a ideia da utilização dos rendimentos, em parte, porque reduz a probabilidade de a Ucrânia ficar sem fundos se Trump regressar à Casa Branca, o que se intensificou após a escolha de Trump pelo senador J.D. Vance como seu vice, alguém que já vocalizou se opor à ajuda militar à Ucrânia.
A Alemanha tem enfrentado críticas por falhar repetidamente em atingir a meta da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de gastar 2% do produto interno bruto (PIB) com defesa, isso porque Donald Trump já afirmou que não protegeria os países aliados que não cumprissem a meta de gastos.
Apesar disso, Berlim doou três unidades de defesa aérea Patriot a Kiev, mais do que qualquer outro país, reduzindo para nove o número de sistemas Patriot na Alemanha, e pretende cumprir a meta de gastos da Aliança Atlântica — investimento estimado em € 75,3 bilhões (mais de R$ 450 bilhões) — através da autoimposição de limites de crédito para o governo.