Determinou-se que um asteroide 200 vezes maior que aquele que acabou com os dinossauros teria causado um tsunami gigante e mudanças massivas nos ecossistemas da Terra. O impacto causou a evaporação das camadas superiores do oceano, aquecendo a atmosfera e formando uma densa nuvem de poeira que bloqueou a luz solar e parou a fotossíntese. No entanto, apesar de tais consequências devastadoras, a vida microbiana logo se recuperou.
Os pesquisadores conduziram uma análise completa de amostras de rochas do cinturão de Barberton Greenstone na África do Sul. A equipe coletou amostras a uma distância de apenas alguns centímetros umas das outras e estudou em detalhe a sua estrutura de sedimentos, composição química e análise isotópica do carbono em detalhe para recriar os eventos que se seguiram ao impacto do meteorito.
Descobriu-se que, após o impacto, foram jogadas no oceano grandes quantidades de ferro, o que contribuiu para o rápido crescimento das bactérias que metabolizam este elemento. O fósforo, elemento essencial para a vida, também foi trazido pelo meteorito e tornou-se um elemento importante na restauração do ecossistema. Desta forma, os eventos de impacto poderiam estimular o desenvolvimento da vida em oceanos primordiais.
Apesar dos efeitos destrutivos dos meteoritos, os investigadores descobriram que eles também poderiam ter um impacto positivo sobre a vida precoce na Terra, criando condições para que ela prosperasse. O forte aumento da atividade das bactérias que se alimentam de ferro tornou-se um elemento-chave na evolução das formas de vida microbianas após a queda do meteorito.