Zakharova pontuou que a cooperação entre a Rússia e a Coreia do Norte no domínio militar não viola o direito internacional e não causa qualquer dano à Coreia do Sul.
Nas palavras da representante oficial da chancelaria russa, as primeiras reportagens sobre o assunto apareceram na mídia ucraniana. Ela também destacou que a situação está ligada ao fato de Kiev pedir a Seul há dois anos que envie armas letais para a Ucrânia.
"Acreditamos que as autoridades sul-coreanas não devem deixar-se levar pelo regime de Kiev", sublinhou Zakharova.
Na segunda-feira (21), a Embaixada da Rússia em Seul informou que o embaixador, Georgy Zinoviev, foi convocado ao Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul para uma conversa.
A agência sul-coreana Yonhap informou que a pasta sul-coreana convocou o embaixador para manifestar o seu pesar pelos relatos não confirmados sobre o envio por parte da Coreia do Norte de 12 mil soldados para participarem na operação russa na Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, comentando o suposto envio de soldados norte-coreanos, indicou que "a Coreia do Sul diz uma coisa, depois o Pentágono diz que não tem confirmação dessas declarações. Há muitas informações contraditórias, acho que é assim que devemos tratar".
Na última sexta-feira (18), o primeiro-ministro sul-coreano, Yoon Suk-yeol, convocou uma reunião de emergência sobre questões de segurança devido a relatórios da inteligência sul-coreana sobre a suposta decisão de Pyongyang.
A Casa Branca não confirmou a informação sobre a alegada participação da Coreia do Norte no conflito ucraniano, nem o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Mark Rutte.