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Falando do suposto envio de tropas norte-coreanas à Ucrânia, Seul tenta distrair atenção, diz mídia

© AP Photo / Ahn Young-joonTela televisiva mostra Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, durante desfile militar para marcar o 70º aniversário do armistício que interrompeu as hostilidades na Guerra da Coreia de 1950-53, durante noticiário na Estação Ferroviária de Seul, em Seul, Coreia do Sul, 28 de julho de 2023
Tela televisiva mostra Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, durante desfile militar para marcar o 70º aniversário do armistício que interrompeu as hostilidades na Guerra da Coreia de 1950-53, durante noticiário na Estação Ferroviária de Seul, em Seul, Coreia do Sul, 28 de julho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 23.10.2024
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As tentativas das autoridades sul-coreanas de espalhar informações de que a Coreia do Norte quer enviar militares à Ucrânia para ajudar a Rússia podem ter o objetivo de distrair a atenção dos problemas internos de Seul, mas agora o tempo é perigoso demais para "jogar esse jogo", dizem especialistas citados pelo jornal South China Morning Post.
Anteriormente, a mídia sul-coreana Yonhap disse que Seul considera enviar uma equipe de especialistas à Ucrânia para monitorar os militares norte-coreanos que Pyongyang, segundo informações sul-coreanas, pretende enviar para participar na operação militar especial na Ucrânia.
Oficiais do governo sul-coreano teriam dito também que Seul considera, como parte da resposta, fornecer à Ucrânia armas letais.
O South China Morning Post indica que as armas que a Coreia do Sul poderia enviar a Kiev são o sistema de mísseis antiaéreos Cheongung-II, obuseiros autopropulsados K9, tanques K2 e lançadores múltiplos de foguetes Chunmoo.
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Porém, mesmo a própria oposição sul-coreana adverte o governo atual de não tomar decisões com base em dados de inteligência não confirmados.
Os legisladores da oposição, Kim Joon-hyung e Lee Jae-gang, fizeram uma declaração conjunta, citada pelo jornal, em que alertam que Seul está "brincando com o fogo" ao se basear em informações não verificadas.
Eles também acreditam que qualquer ação de retaliação da Coreia do Sul ao vizinho do Norte vai ser um grave erro.
De acordo com eles, o atual presidente sul-coreano está usando esse tema para "distrair o público de um crescente escândalo político" de corrupção envolvendo sua mulher.
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Um cientista político da Universidade Nacional de Incheon Lee Jun-han, por sua vez, aponta que o governo conservador da Coreia do Sul tem uma grande experiência de "exagerar as ameaças do Norte para aumentar o apoio público".
"Mas os riscos são muito altos para que o país jogue esse jogo agora", alerta.
Outro especialista, o diretor da Universidade de Estudos da Coreia do Norte Yang Moo-jin, também opina que a reação brusca de Seul às informações não confirmadas nem mesmo pelos Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) está ligada "à necessidade de abordar preocupações domésticas".
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Anteriormente, a embaixada russa em Seul afirmou que a cooperação entre a Rússia e a Coreia do Norte é realizada no quadro da lei internacional e não é direcionada contra os interesses de segurança da Coreia do Sul.
O porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, comentando o suposto envio de tropas da Coreia do Norte para a zona de combates na Ucrânia, chamou a atenção para a contradição das informações sobre esse assunto, quando "a Coreia do Sul diz uma coisa, depois o Pentágono diz que não tem confirmação de tais declarações".
A Casa Branca e o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, informaram que não têm dados que confirmem as alegações de envolvimento de Pyongyang no conflito na Ucrânia.
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