De acordo com a Bloomberg, o novo serviço de inteligência reuniria sua própria inteligência sobre ameaças originadas além das fronteiras da União Europeia (UE) que visam o bloco como um todo e teria como objetivo evitar sobreposição com agências nacionais, ajudando a combater a espionagem direcionada à UE.
No início deste ano, von der Leyen encarregou o ex-presidente finlandês Sauli Niinisto de entregar recomendações sobre como melhorar a prontidão do bloco para enfrentar uma variedade de possíveis crises, e, segundo fontes familiarizadas com o assunto, os resultados devem ser divulgados já na próxima semana, embora o rascunho ainda está sujeito a alterações.
A UE não tem um serviço de inteligência propriamente dito, e depende exclusivamente de fontes públicas disponíveis e informações recebidas de seus Estados-membros, o que limita sua capacidade de detectar ameaças potenciais e reagir, aponta o rascunho do relatório de acordo com a apuração.
De acordo com as fontes, espera-se que Niinisto proponha expandir o mandato do Centro de Inteligência e Situação da UE para incluir coleta de inteligência, bem como aproveitar delegações diplomáticas da UE para esse propósito.
Além disso, o rascunho do relatório pede que a UE fortaleça suas defesas contra espiões hostis alinhando a estrutura legal para espionagem e atividades clandestinas ilegais em Estados-membros para evitar refúgios seguros.
Em discussões preliminares para preparar o relatório Niinisto, alguns Estados-membros observaram a importância de respeitar as diferentes responsabilidades das autoridades nacionais e das instituições da UE. No entanto, algumas capitais enfatizaram a necessidade de uma resposta no nível da união, dada a natureza transfronteiriça de algumas crises.
Ainda segundo as fontes, o relatório também pede o aprimoramento do uso de ferramentas de financiamento já disponíveis nos níveis nacional e europeu para expandir o escopo de financiamento do Banco Europeu de Investimento para o setor de defesa além do uso duplo.