A parte principal do empréstimo e os juros serão reembolsados com fundos provenientes de rendimentos de ativos congelados da Rússia, decorrentes de uma declaração conjunta dos ministros.
Os ministros esclareceram que o empréstimo à Ucrânia será atribuído por empréstimos bilaterais dos países-membros do G7. Cada empréstimo entrará em vigor até 30 de junho de 2025.
"Os empréstimos bilaterais serão integralmente reembolsados à Ucrânia entre 1º de dezembro de 2024 e 31 de dezembro de 2027, em parcelas que refletirão as necessidades urgentes de financiamento da Ucrânia", diz o comunicado.
A União Europeia (UE) e o G7 bloquearam ativos russos no valor de € 300 bilhões (mais de R$ 1,8 trilhão) desde o início da operação militar da Rússia na Ucrânia.
Cerca de € 200 bilhões (R$ 1,2 trilhão) de fundos russos estão congelados nas contas da Euroclear, um dos maiores sistemas de compensação e liquidação de títulos financeiros da Europa, com sede na Bélgica.
Em 9 de outubro, os representantes permanentes dos países da UE chegaram a um acordo sobre determinado mecanismo para a concessão de um empréstimo a Kiev.
Meios de comunicação ocidentais relataram divergências entre os países da UE e os Estados Unidos quanto à questão das garantias para esse empréstimo.
Em particular, Washington alegadamente insiste que a UE torne indefinido o congelamento dos ativos russos, garantindo assim seu uso para reembolsar o empréstimo a Kiev. No entanto, entre os países da UE, onde está armazenada a maioria dos fundos russos congelados, não há consenso sobre a questão.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia descreveu a medida como um "roubo" que afeta não apenas investidores individuais, mas também fundos soberanos. O ministro da pasta, Sergei Lavrov, alertou que a Rússia responderia simetricamente com o confisco de bens europeus congelados no país.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou em 20 de setembro, durante visita a Kiev, que a Comissão Europeia tinha aprovado o empréstimo de € 35 bilhões (cerca de R$ 216 bilhões), reembolsável a partir de rendimentos de ativos soberanos russos congelados.
Além disso, a Comissão Europeia propôs aumentar o período de congelamento de ativos russos como parte das sanções antirrussas de seis para 36 meses, a fim de proporcionar melhor garantia de reembolso dos empréstimos.