Tropas mobilizadas de igual para igual estão recuando, e estruturas temporárias construídas durante um impasse de quatro anos na fronteira serão desmanteladas, disseram autoridades indianas de alto escalão, pedindo para não serem identificadas, pois as discussões são privadas, relatou a Bloomberg.
Retirar as tropas dos pontos de fricção levará alguns dias, após os quais o patrulhamento começará, disseram as pessoas. Os comandantes militares de ambos os lados continuarão a discutir medidas de construção de confiança para prevenir ainda mais confrontos, acrescentaram.
Ao mesmo tempo, o acordo mais recente não envolverá as diversas zonas de proibição de patrulhamento ao longo das fronteiras criadas nos últimos quatro anos para evitar novos confrontos entre as tropas, disseram as pessoas, acrescentando que as negociações futuras abordarão as zonas-tampão.
No início desta semana, os dois países anunciaram um acordo para retomar as patrulhas normais de fronteira, aliviando um impasse que começou em 2020, quando confrontos deixaram 20 soldados indianos e pelo menos quatro chineses mortos.
Ao mesmo tempo, o presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, seguiram com sua primeira reunião formal em dois anos à margem da cúpula do BRICS em Kazan, na Rússia, na última quarta-feira (24).
O acordo de fronteira e o encontro dos líderes aumentou as expectativas de que a Índia aliviará as restrições de investimento a empresas chinesas, embora autoridades governamentais tenham indicado que não haverá nenhuma ação imediata.