A notícia surgiu diante de rumores não confirmados de que militares norte-coreanos teriam sido enviados para a zona de conflito na Ucrânia.
Pyongyang já chamou esses rumores de infundados e Moscou expressou surpresa com a empolgação de Seul em relação ao assunto.
"O governo [...] está tentando [nos] levar à guerra que está ocorrendo muito e muito longe da península coreana? Tenham juízo!", cita a agência Chosun o líder do Partido Democrático sul-coreano, Lee Jae-myung.
O presidente do partido que mantém a maioria no parlamento sul-coreano exigiu um pedido de desculpas do governo e do Partido do Poder Popular, que está no poder, por "provocar uma crise com suas palavras frívolas", em vez de tentar abordar as preocupações dos cidadãos em uma situação de segurança nacional já conturbada.
Anteriormente, na mídia sul-coreana apareceram fotos do celular de um membro do Comitê de Defesa parlamentar do partido governista, Han Gi-ho, mostrando a correspondência do legislador com seu ex-colega e ex-ministro da Defesa Shin Won-sik, que agora é chefe do Departamento de Segurança Nacional da administração presidencial.
Ali, os dois conversaram sobre a possível coordenação com a Ucrânia para atingir supostos militares norte-coreanos em solo russo com bombardeios e ataques de mísseis.
Han Gi-ho não negou a autenticidade da correspondência, dizendo que acreditava que a Coreia do Sul poderia conversar com a Ucrânia para atacar os militares norte-coreanos.
Pouco depois, ele declarou que se tratava de uma "opinião pessoal" dele, enquanto várias autoridades sul-coreanas se distanciaram dessa opinião, afirmando que ela não faz parte da política oficial do país.
A oposição sul-coreana, no entanto, conclamou o Partido do Poder Popular a expulsar imediatamente Han Gi-ho de suas fileiras e a administração presidencial a demitir Shin Won-sik.