Panorama internacional

Chancelaria boliviana acusa Evo Morales de liderar 'ações desestabilizadoras' contra o país

As "ações desestabilizadoras" lideradas pelo ex-presidente Evo Morales (2006-2019) visam interromper a ordem democrática, publicou ontem (26) o Ministério das Relações Exteriores da Bolívia em seu site oficial.
Sputnik
"O Ministério das Relações Exteriores do Estado Plurinacional da Bolívia denuncia à comunidade internacional que uma série de ações desestabilizadoras lideradas pelo ex-presidente Evo Morales Ayma estão em curso em nosso país, que buscam interromper a ordem democrática, o que constitui uma grave ameaça não apenas a Bolívia, mas também a estabilidade e a segurança em nossa região", diz o comunicado.
Essas ações, segundo o órgão, intensificaram-se nos últimos 13 dias, "com um bloqueio criminoso de estradas, principalmente no trecho que liga o leste ao oeste da Bolívia, impedindo o abastecimento regular de alimentos, combustíveis e remédios, bem como a livre circulação da população".
Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Bolívia, pelo menos 14 policiais ficaram feridos até o momento devido às ações de grupos supostamente relacionados a Morales.
Neste contexto, o atual governo tem tomado medidas para fornecer alimentos, combustíveis e medicamentos à população, bem como ações para desbloquear estradas.
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"O Estado Plurinacional da Bolívia apela à comunidade internacional, aos Estados, às organizações multilaterais e aos povos do mundo para que permaneçam vigilantes face a estes acontecimentos desestabilizadores que procuram colocar em risco a democracia recuperada pelo povo boliviano", afirma o comunicado.
Eleitores de Morales protestam em diferentes departamentos desde 14 de outubro, com bloqueios de estradas, objetivando impedir uma investigação por tráfico e estupro que remonta a 2016 e foi reativada pelo Ministério Público da cidade de Tarija (sul).
O atual presidente, Luis Arce, foi ministro da Economia de Morales durante a maior parte dos seus 14 anos de governo, mas agora os dois enfrentam-se sobre a candidatura presidencial pelo Movimento ao Socialismo (MAS) para as eleições gerais de 2025.
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