Segundo a Reuters, avaliações baseadas em imagens de satélite comerciais feitas separadamente por David Albright, um ex-inspetor de armas da ONU, e Decker Eveleth, um analista de pesquisa associado do CNA, um think tank de Washington, Israel atingiu prédios em Parchin, um enorme complexo militar perto de Teerã, bem como em Khojir, onde se localiza uma instalação de produção de mísseis perto da capital iraniana.
Em postagens no X, Albright disse que imagens de satélite comerciais mostraram que o prédio alvejado em Parchin, chamado Taleghan 2, foi usado para atividades de teste durante o Plano Amad, o extinto programa de desenvolvimento de armas nucleares do Irã.
Eveleth disse ainda que os ataques israelenses podem ter "dificultado significativamente a capacidade do Irã de produzir mísseis em massa", ao revelar que as imagens da Planet Labs — uma empresa comercial de imagens de satélite — também mostram que o ataque israelense destruiu dois prédios no complexo de Khojir, onde era misturado combustível sólido para mísseis balísticos.
Entretanto, é possível que o Irã tenha removido materiais importantes antes do ataque aéreo, disse Albright, afirmando que "mesmo que nenhum equipamento permanecesse dentro", o edifício teria "valor intrínseco" para futuras atividades relacionadas a armas nucleares.
Na manhã de sábado (26), o Exército israelense lançou três ondas de caças, que bombardearam fábricas de mísseis e outros locais perto de Teerã e no oeste do Irã, em retaliação ao ataque de mais de 200 drones e mísseis iraniano contra Israel em 1º de outubro.
Por sua vez, o Exército iraniano afirmou que os caças israelenses usaram "ogivas muito leves" para atingir sistemas de radar de fronteira nas províncias de Ilam, Khuzestan e ao redor de Teerã.
De acordo com o Axios, Israel destruiu 12 "misturadores" usados para produzir combustível sólido para mísseis balísticos de longo alcance, citando três fontes israelenses não identificadas, na esperança de dissuadir o Irã de efetuar novos ataques massivos contra Tel Aviv.