O documento, apoiado por exposições e anexos de mais de 4 mil páginas, contém evidências que mostram como "Israel violou a Convenção sobre o Genocídio ao promover a destruição de palestinos que vivem em Gaza, matando-os fisicamente com uma variedade de armas destrutivas", disse a presidência sul-africana em um comunicado, citado pela Bloomberg.
O relatório também fornece evidências de como os moradores foram privados de "acesso à assistência humanitária, levando a condições de vida que visam à sua destruição física, [com Israel] ignorando e desafiando diversas medidas provisórias da Corte Internacional de Justiça".
Pretória abriu um processo de genocídio contra Israel na CIJ no final de dezembro de 2023. O tribunal ordenou em 29 de julho que Tel Aviv tomasse medidas para evitar que palestinos fossem mortos ou feridos, mas não chegou a exigir um cessar-fogo imediato. A ação legal recebeu apoio de Chile, Cuba, Turquia, Espanha, México e Colômbia.
Do outro lado, Israel negou que estava alvejando civis e reafirmou seu direito à autodefesa.
Desde que o Hamas atacou o sul de Israel, em 7 de outubro de 2023, matando 1,2 mil pessoas e fazendo cerca de 250 reféns, Israel respondeu com inúmeros ataques terrestres e aéreos que já tiraram quase 43 mil vidas, deixaram mais de 90 mil pessoas feridas, e deslocaram cerca de 2 milhões de pessoas.