"Fui mobilizado pelo Centro de Recrutamento de Kiev e, em seguida, fui enviado diretamente para a linha de frente na região de Donetsk, próximo à localidade de Kurakhovo, sem treinamento ou supervisão", disse o prisioneiro Yuri Menzata, de 40 anos.
Já Dmitry Markelov, de 36 anos, contou que foi "mobilizado à força, sem qualquer treinamento, preparação, sem mapas, sem nada, jogado nas posições avançadas", e depois acabou sendo capturado.
A lei que intensifica a mobilização na Ucrânia entrou em vigor em 18 de maio deste ano. O documento obriga todos os homens entre os 18 e os 60 anos de idade a atualizar seus dados no centro de recrutamento militar no prazo de 60 dias após a lei entrar em vigor.
Para isso, deveriam comparecer pessoalmente no centro de recrutamento militar ou se registrar via Internet no "gabinete eletrônico do conscrito".
A lei estipula que os convocados devem carregar o certificado militar o tempo todo e apresentá-lo mediante solicitação de funcionários do centro de recrutamento ou da polícia. Aqueles que se recusarem a comparecer podem perder o direito de dirigir veículos.
Além disso, o documento não estabelece prazos para a desmobilização, o que gerou indignação entre alguns deputados.