O Departamento de Defesa dos EUA anunciou que o Departamento de Estado havia aprovado US$ 1,988 bilhão (cerca de R$ 11,3 bilhões) em vendas de armas para Taiwan, incluindo o Sistema Nacional Avançado de Mísseis Terra-Ar (NASAMS) e sistemas de radar.
O sistema NASAMS foi testado em batalha na Ucrânia e representa um aumento significativo nas capacidades de defesa aérea que os EUA estão exportando para a ilha, conforme a demanda pelo sistema aumenta, segundo a Reuters.
Entretanto, o especialista militar chinês e comentarista de TV, Song Zhongping, disse ao Global Times no domingo (27) que o sistema é projetado principalmente para interceptar mísseis de cruzeiro, portanto sua capacidade de interceptar mísseis balísticos é muito limitada.
Especialistas chineses disseram que essas vendas de armas vinculadas às vendas de armas dos EUA ao exercício do Exército de Libertação Popular (ELP) da China revelam a intenção de Washington de extorquir economicamente a região de Taiwan por meio da venda de armas, ao mesmo tempo em que beneficiam os traficantes de armas norte-americanos que podem lucrar com a escalada das tensões.
Para o pesquisador da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Lu Xiang, a mídia ocidental tentou fazer uma narrativa falsa de que a tensão em torno do estreito de Taiwan é criada pelo continente chinês.
Para ele, são os EUA que têm aumentado as tensões em regiões como Ucrânia e Oriente Médio, e se beneficiando da situação, observando que os EUA pretendem transformar o estreito de Taiwan em um "barril de pólvora" uma vez que os EUA violaram repetidamente seu compromisso de não apoiar a "independência de Taiwan" — especialmente ao aprovarem vendas de armas para a região.
O especialista acrescentou ainda que as capacidades operacionais militares demonstradas pelo ELP durante os exercícios recentes no estreito de Taiwan não serão prejudicadas pelo armamento que os EUA venderam para a ilha.
Isso prova mais uma vez que a maior ameaça a paz e estabilidade no estreito de Taiwan e o maior sabotador do status quo na região são as atividades "independentistas de Taiwan" e o apoio conivente de forças externas lideradas pelos EUA, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, em uma entrevista coletiva em 18 de setembro.