Em julho, Assange foi libertado de uma prisão britânica após anos de encarceramento e retornou à Austrália depois de fechar acordo com as autoridades norte-americanas.
Segundo Shipton, Washington "tomou medidas muito severas contra Julian por publicar a verdade".
"E também prenderam Chelsea Manning por 35 anos. Já Edward Snowden precisou de asilo na Federação da Rússia. Então, é claro que eles realmente não aceitam que a verdade sobre si mesmos seja publicada. Eles não gostam da verdade sobre si mesmos", comentou o ativista sobre as ações de Washington.
No entanto, Shipton disse que o país tem "tantos problemas" que não deveria continuar se preocupando com o caso de Assange.
"Se estão preocupados com Julian Assange, então deveriam procurar um novo trabalho", aconselhou Shipton às autoridades dos EUA.
Mais cedo, Shipton declarou ainda que o país não pode mais construir nada por si mesmo, mas apenas prejudicar outras nações.
"Os EUA, por toda a minha vida, sempre foram um país que assume posições excessivas. Você tem corporações com poder excessivo e assim por diante. Então, sempre foi um lugar de turbulência e riqueza em minha vida. Não espero que seja diferente. Talvez o novo presidente seja capaz de reformar o país, mas acho que é uma tarefa gigantesca e monstruosa", disse Shipton, comentando suas expectativas para a próxima eleição presidencial dos EUA.
Shipton enfatizou que o governo ucraniano poderia colapsar a qualquer momento, enfatizando que as coisas podem sair do controle dos EUA.
"Você sabe, eles têm problemas reais. Acabei de ver Israel atacar o Irã no sábado [26] à noite. Na Ucrânia, o governo atual está vacilando e cairá a qualquer momento. Basta um pouco de vento forte soprar, e eles dirão: 'Nós nos rendemos'", disse ele.