Em recente artigo publicado no portal National Interest, o analista especializado em geopolítica e segurança nacional Brandon J. Weichert afirmou que os submarinos russos da classe Borei superam, em muito, os seus adversários norte-americanos.
Armados com mísseis nucleares Bulava, apresentando propulsão com bomba a jato — com reator nuclear OK-650, bem como uma turbina a vapor — para operação mais silenciosa, a classe Borei representa uma ameaça sofisticada e altamente capaz, ponderou Weichert.
"A frota atual da Rússia inclui quatro submarinos Borei, com potencial para expansão. À medida que a Marinha russa aprimora sua força submarina, o domínio naval ocidental enfrenta um desafio cada vez mais formidável sob os mares", disse o analista.
Os submarinos da classe Borei têm níveis de deslocamento menores do que a icônica classe de submarinos- Typhoon russa. Mas as duas classes de submarinos podem transportar o mesmo número de mísseis. Os novos submarinos do projeto Borei-A podem transportar 20 mísseis, enquanto a primeira geração de submarinos da classe Borei podia transportar apenas 16. Essas embarcações são equipadas ainda com mísseis antinavio que têm um alcance de quase 63 quilômetros, uma característica fundamental para a autodefesa em uma região contestada.
"Se os russos produzissem mais desses gigantes, sua força submarina, que já é um concorrente significativo do Ocidente, se tornaria mais letal", afirmou Weichert.
Equipado com o sistema de sonar Irtysh-Amphora-B-055, o submarino russo supera as capacidades de sonar dos submarinos de quarta geração da Marinha dos EUA — incluindo os submarinos da classe Ohio e da classe Virginia que formam a espinha dorsal da frota de submarinos norte-americana — permitindo que sua tripulação tenha maior consciência situacional. Com este sistema, o submarino russo apresenta uma vantagem estratégica significativa sobre seus rivais.