As autoridades anônimas dos EUA expressaram ao The New York Times que o novo plano de Zelensky é uma exasperação irrealista e dependente quase inteiramente da ajuda ocidental.
Um alto funcionário abordou, em particular, a cláusula do plano sobre um "pacote de dissuasão não nuclear", que não foi tornado público, mas supostamente inclui uma solicitação de mísseis Tomahawk. O funcionário considera essa solicitação totalmente inviável, conforme citado na matéria, pois o alcance de cerca de 2.400 quilômetros do Tomahawk é mais de sete vezes maior do que o dos mísseis ATACMS, que os EUA enviaram à Ucrânia neste ano após longas deliberações.
Além disso, a Casa Branca hesita em enviar à Ucrânia os mísseis que acredita que podem servir a um propósito melhor no Oriente Médio ou na Ásia, já que a lista de alvos potenciais de Kiev dentro da Rússia requer muito mais mísseis do que Washington inicialmente reservou, disse o funcionário.
Zelensky revelou seu "plano de vitória" em meados de outubro, insistindo que ele poderia ajudar a acabar com o conflito na Ucrânia até 2025. O documento inclui cinco cláusulas e três adendos secretos. Em particular, o líder ucraniano propõe convidar a Ucrânia para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), suspender as restrições a ataques profundos em território russo e implantar um "pacote abrangente de dissuasão não nuclear" na Ucrânia.
O plano de Zelensky atraiu críticas na União Europeia (UE) e na OTAN por delinear em detalhes as múltiplas obrigações dos aliados ocidentais da Ucrânia, mas não atribuir nenhuma a Kiev. A representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, criticou o plano como um conjunto de slogans incoerentes que levariam a OTAN a um conflito direto com a Rússia, enquanto o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o verdadeiro plano de paz para Kiev seria perceber a futilidade da política ucraniana. Ele disse que Kiev deveria "acordar" e entender as razões que a levaram ao conflito.