"E agora eu diria que esse encontro abriu uma outra perspectiva de pensar as estatísticas, dentro de uma preocupação com a harmonização de dados que coloque a questão da realidade do Sul Global, que já responde por mais de 70% do desempenho econômico recente, especialmente nesse primeiro quarto do século XXI", acrescentou.
Convergência entre os novos membros do BRICS
"Outra preocupação que possivelmente será considerada está relacionada à economia dos cuidados, tendo em vista que hoje a presença do trabalho remoto traz implicações nos domicílios. Ao mesmo tempo, temos o processo de envelhecimento, que faz com que a questão dos cuidados seja muito realçada do ponto de vista das famílias. Essa é uma realidade que se conhece muito pouco e pressupõe haver um conceito adequado que possa ser discutido."
Soberania de dados e cooperação entre os países
"Há uma preocupação do Brasil nesse sentido e que está em curso. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem destacado a importância desta unificação dos bancos de dados, que acreditamos estar cada vez mais materializada. Eu acredito que a reunião do Brasil, a liderança do Brasil, vai oferecer melhores condições para tratar, do ponto de vista do conjunto dos países dos BRICS, esse problema, que é uma questão nacional, evidentemente de soberania, e que impacta cada um dos países hoje de forma diferenciada e muito preocupante."