Panorama internacional

Vice-presidente venezuelana critica veto do Brasil à entrada de Caracas no BRICS: 'É irracional'

A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, disse nesta quarta-feira (30) que a decisão do Brasil de vetar a entrada de seu país no BRICS "é irracional".
Sputnik

"O BRICS é um bloco contra-hegemônico, é um bloco a favor do multilateralismo, e o Brasil não poderia sustentar racionalmente esse veto. É irracional, é de ódio, de inveja. Esse veto nega a essência do BRICS, e é por isso que pensamos, espero que não, que o Itamaraty não se torne o cavalo de Troia do BRICS", declarou a vice-presidente.

O comentário de Rodríguez foi feito no Vietnã, durante uma viagem de trabalho por vários países asiáticos.

"O que o Brasil tem feito só mostra uma profunda inveja da Venezuela. Eles acreditam que […] [devemos] competir, em vez de nos entendermos como somos, países que estão na mesma região. Como podemos somar nossas potencialidades para impulsionar nossa região?", acrescentou.

Ao mesmo tempo, a vice-presidente destacou que a posição do Brasil constitui uma "agressão" à Venezuela.

"A baixeza do Itamaraty ficará marcada na história como uma agressão ao povo venezuelano, mas é preciso dizer também: ele não só violou a Constituição deles, como disse o presidente, mas também atacou princípios e valores […] do BRICS", afirmou.

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Além disso, Rodríguez sublinhou que o governo continuará trabalhando para a incorporação da Venezuela em espaços internacionais de "grande relevância" e ressaltou o apoio expressado pelo presidente russo, Vladimir Putin, ao seu país.
Ontem (29) o assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente da República do Brasil, Celso Amorim, declarou que a Venezuela "não contribui" para um melhor funcionamento do BRICS, destacando que "não há vetos formais" na plataforma global.
Em resposta, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela (Parlamento unicameral), Jorge Rodríguez, anunciou que vai pedir ao Legislativo que declare Amorim persona non grata.
Na segunda-feira (28), o presidente Nicolás Maduro disse que esperaria seu homólogo brasileiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se pronunciar sobre o veto.
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