"Nos últimos dias, a delegação do movimento ouviu certas ideias de mediadores egípcios e catarianos sobre um cessar-fogo temporário por vários dias, o aumento do número de caminhões com ajuda humanitária e uma troca parcial de prisioneiros durante esse período. Essas propostas não incluem nem a cessação completa da agressão, nem a retirada das forças de ocupação de Gaza, nem o retorno dos refugiados", disse a fonte.
Essas propostas não atendem às necessidades de estabilidade e segurança do povo palestino e também excluem a retomada das operações normais dos postos de controle de fronteira, principalmente a passagem de Rafah, acrescentou a fonte.
O Hamas quer "um cessar-fogo completo, abrangente e permanente, a retirada completa das tropas israelenses da Faixa de Gaza, o retorno de pessoas deslocadas e o levantamento do bloqueio israelense no enclave", disse a fonte.
As necessidades vitais dos palestinos, como comida, moradia, suprimentos médicos e infraestrutura funcional são o pré-requisito para qualquer conversa séria sobre a libertação de reféns israelenses, acrescentou.
"O Hamas está aberto a ideias e negociações para atingir esses objetivos e implementar a Resolução 2735 do Conselho de Segurança da ONU", diz o comunicado.
No final de outubro, o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi propôs um cessar-fogo de dois dias na Faixa de Gaza para uma troca de quatro reféns israelenses mantidos pelo Hamas por vários palestinos sob custódia israelense.
As negociações sediadas em Doha ficaram em um impasse por vários meses devido a desentendimentos entre o governo israelense e o Hamas. Em outubro, as Forças de Defesa de Israel (FDI) eliminaram o chefe do Hamas, Yahya Sinwar, ação oposta ao acordo de paz.
Em mais de um ano de conflito na Faixa de Gaza, cerca de 43 mil palestinos morreram e mais de 100,8 mil ficaram feridos. Entre os israelenses, cerca de 1,1 mil morreram e 5,5 mil ficaram feridos após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.