De acordo com a matéria, os aliados mais próximos de Washington na Europa estão se preparando para um possível colapso nas relações transatlânticas se Trump vencer a eleição de terça-feira (5) e, para se proteger contra uma possível reorientação da Casa Branca sobre a Ucrânia, autoridades europeias têm tentado aprovar pacotes de ajuda antes das eleições de novembro, disse a publicação.
O novo comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) também assumiu algumas das responsabilidades do Pentágono na coordenação da ajuda militar a Kiev, acrescentou.
De acordo com o parlamentar alemão Thomas Erndl, a Europa deve assumir mais responsabilidade por sua própria segurança, já que o atual presidente dos EUA, Joe Biden, é provavelmente "o último presidente verdadeiramente transatlântico no sentido tradicional".
Autoridades europeias admitem que a perda do apoio dos EUA no setor de defesa seria um golpe devastador para a UE e também prepararam um rascunho de tarifas comerciais retaliatórias caso Trump comece a impor tarifas sobre produtos da UE novamente, disse a publicação.
O Financial Times relatou no final de julho que a UE estava desenvolvendo uma estratégia comercial no caso de Trump vencer a eleição, que prevê a possibilidade de introduzir altas tarifas sobre as importações dos EUA se as negociações para melhorar o comércio com Washington falharem.
De acordo com o jornal, as negociações com Trump estão planejadas para começar antes que ele tome posse oficialmente, se vencer a eleição. Representantes da UE querem discutir com ele uma possível lista de produtos americanos que o bloco pode comprar em grandes quantidades.
Trump prometeu anteriormente que seria capaz de alcançar uma solução para o conflito ucraniano por meio de negociações. Ele afirmou repetidamente que seria capaz de resolver o conflito na Ucrânia em um dia.