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Trump vs. Harris: o que o futuro reserva para a Ucrânia e as relações Rússia-OTAN após as eleições?
Trump vs. Harris: o que o futuro reserva para a Ucrânia e as relações Rússia-OTAN após as eleições?
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Os dois candidatos presidenciais dos EUA propõem abordagens aparentemente diferentes em relação ao conflito na Ucrânia, disse Ian Proud, um ex-diplomata... 27.10.2024, Sputnik Brasil
2024-10-27T14:11-0300
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O conflito na Ucrânia provavelmente deixará uma série de problemas para o próximo presidente dos EUA, incluindo o custo da ajuda dos EUA, potenciais negociações de paz e a extensão do envolvimento da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no impasse. Ele sugeriu que, se Harris vencer a eleição, "ela achará muito mais difícil conceder o nível de apoio financeiro a Kiev que tem sido possível sob a administração Biden, quando mais de US$ 100 bilhões [cerca de R$ 570,7 bilhões] em apoio estão sendo fornecidos", algo que Proud diz que "tornaria o trabalho dela mais difícil". Quanto a Donald Trump, ele repetidamente enfatizou que "a guerra realmente deveria acabar" e que é "muito melhor fechar um acordo com a Rússia, pôr fim ao conflito e então começar um tipo de processo de paz de longo prazo", lembrou Proud. Em uma entrevista exclusiva à Sputnik, Earl Rasmussen, um consultor internacional e tenente-coronel aposentado com mais de 20 anos de serviço ao Exército dos EUA, sublinha as maneiras como os dois candidatos poderiam lidar com questões relacionadas à OTAN. Há "muitos do partido neoconservador, neoliberais, [que] a estão apoiando. Os belicistas são os que estão do lado dela e até mesmo o presidente Biden nunca foi contra qualquer tipo de intervenção ou guerra. Vejo Harris sendo a mais agressiva dos dois candidatos", aponta Rasmussen. Donald Trump é um "não intervencionista conhecido", disse ele. "[Trump] tenta dialogar. Ele procurou o presidente [chinês] Xi [Jinping] da última vez, procurou a Coreia do Norte, o presidente [russo] Putin. Ele tenta conversar com todos os lados, não apenas fechar com a administração atual", de acordo com o analista. Ele, no entanto, alertou que o ex-presidente norte-americano também havia falado sobre melhorar as relações com a Rússia, mas em vez disso aplicou "Deus sabe quantas sanções" a Moscou, durante as quais "as tensões pioraram". O analista sugeriu que, se Trump vencer a eleição, "ele será mais independente para fazer o que quiser", embora haja conselheiros nos bastidores. Há "pessoas nos bastidores, como os Obamas e os Clintons" que desempenham um papel, concluiu Rasmussen.
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Trump vs. Harris: o que o futuro reserva para a Ucrânia e as relações Rússia-OTAN após as eleições?
14:11 27.10.2024 (atualizado: 15:48 27.10.2024) Os dois candidatos presidenciais dos EUA propõem abordagens aparentemente diferentes em relação ao conflito na Ucrânia, disse Ian Proud, um ex-diplomata britânico que atuou como conselheiro econômico na Embaixada britânica em Moscou, à Sputnik.
O
conflito na Ucrânia provavelmente
deixará uma série de problemas para o próximo presidente dos EUA, incluindo o custo da ajuda dos EUA, potenciais negociações de paz e a extensão do envolvimento da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no impasse.
"Kamala Harris propõe mais do mesmo que o governo Biden fez em relação a este conflito. Ou seja, um apoio inabalável ao governo em Kiev e nenhuma mudança em termos de sua postura quanto às negociações com a Rússia, o que basicamente significa nenhuma negociação com Moscou", destacou Proud.
Ele sugeriu que, se Harris vencer a eleição, "ela achará muito
mais difícil conceder o nível de apoio financeiro a Kiev que tem sido possível sob a
administração Biden, quando mais de US$ 100 bilhões [cerca de R$ 570,7 bilhões] em apoio estão sendo fornecidos", algo que Proud diz que "tornaria o trabalho dela mais difícil".
"Ela seguirá apoiando o que Vladimir Zelensky disser que quer fazer, mas o que ela pode não ser capaz de fazer é fornecer a ele a quantia de dinheiro e a quantidade de armas que ele busca. Isso então causa espaço para atrito entre seu governo e o governo ucraniano", disse o ex-diplomata do Reino Unido.
Quanto a Donald Trump, ele
repetidamente enfatizou que "a guerra realmente deveria acabar" e que é "muito melhor fechar um acordo com a Rússia,
pôr fim ao conflito e então começar um tipo de processo de paz de longo prazo", lembrou Proud.
"Essa é uma diferença muito significativa do que Harris ofereceria, [e] se ele for capaz de alcançar isso — vamos ver", disse o analista, apontando para as declarações públicas de Trump de que "ele não gostaria de fornecer recursos financeiros infinitos para sustentar o governo em Kiev, que está gradualmente perdendo a guerra".
Em uma entrevista exclusiva à Sputnik, Earl Rasmussen, um consultor internacional e tenente-coronel aposentado com mais de 20 anos de serviço ao Exército dos EUA, sublinha as maneiras como os dois candidatos poderiam lidar com questões relacionadas à OTAN.
"Acredito que Harris será realmente mais agressiva, pressionará por mais OTAN, pressionará mais fortemente pelo fortalecimento da OTAN, na medida em que puder, provavelmente fortalecerá o apoio à Ucrânia e a todos os conflitos ao redor do mundo", argumentou Rasmussen.
Há "muitos do partido neoconservador, neoliberais, [que] a
estão apoiando. Os
belicistas são os que estão do lado dela e até mesmo o presidente Biden nunca foi contra qualquer tipo de intervenção ou guerra. Vejo Harris sendo a mais agressiva dos dois candidatos", aponta Rasmussen.
Donald Trump é um "
não intervencionista conhecido", disse ele. "[Trump] tenta dialogar. Ele
procurou o presidente [chinês] Xi [Jinping] da última vez, procurou a Coreia do Norte, o presidente [russo] Putin. Ele tenta conversar com todos os lados, não apenas fechar com a administração atual", de acordo com o analista.
"Se houver alguma esperança de resolver isso [o conflito na Ucrânia], será por meio do presidente Trump. Trump tem mais um fator atenuante aí", afirmou o especialista.
Ele, no entanto, alertou que o
ex-presidente norte-americano também havia falado sobre melhorar as relações com a Rússia, mas em vez disso aplicou "Deus sabe quantas sanções" a Moscou, durante as quais "as tensões pioraram".
Quanto aos membros da OTAN, eles têm medo de Trump porque não sabem o que ele vai fazer, observou o analista. "É imprevisível. Eles não sabem se ele vai retirar o financiamento. Se os EUA saírem da OTAN, ela se desmorona completamente", disse Rasmussen.
O analista sugeriu que,
se Trump vencer a eleição, "ele será mais independente para fazer o que quiser", embora haja conselheiros nos bastidores.
Há "pessoas nos bastidores, como os Obamas e os Clintons" que desempenham um papel, concluiu Rasmussen.
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