De acordo com o site de dados de voos AirLive, a Air France "confirma que, como medida de precaução, decidiu suspender os sobrevoos na área do mar Vermelho até novo aviso".
"Essa decisão segue a suspeita de que a tripulação observou um objeto luminoso em alta altitude na área do Sudão."
Dados de rastreamento de voos mostram que o voo 934 da Air France, de Paris para Madagascar, declarou uma emergência "devido a um problema técnico" e retornou a Paris após mudar de rota sobre o mar Vermelho.
Em outubro de 2023, os houthis anunciaram apoio ao movimento palestino Hamas no confronto contra o Exército israelense na Faixa de Gaza com ataques aéreos e de foguetes e outras opções militares.
Após os houthis iniciarem sua campanha de sequestros de navios e ataques com mísseis e drones para negar acesso a Israel e seus aliados ao mar Vermelho, em solidariedade a Gaza, Washington anunciou a operação naval Guardião da Prosperidade, para degradar as capacidades houthis e interromper os ataques. Entretanto, a milícia permanece resiliente.
Na semana passada, um jornal militar dos EUA revelou que os houthis quase atingiram navios de guerra americanos no mar Vermelho em duas ocasiões distintas ao longo do último ano. Em uma delas, em junho, um projétil da milícia passou a 200 metros do porta-aviões USS Eisenhower.
Nesta semana, o Ministério da Defesa da Alemanha determinou a mudança de rota de dois navios da Marinha, atualmente em missão na Ásia, para que evitassem o mar Vermelho. As embarcações voltarão para a Europa contornando o cabo da Boa Esperança, pela costa ocidental da África.
Os EUA sozinhos gastaram mais de US$ 2,5 bilhões (R$ 12,5 bilhões) em desdobramentos anti-houthis, cerca de um décimo dos estimados US$ 22,76 bilhões (R$ 113,5 bilhões) comprometidos na crise do Oriente Médio neste ano.