De acordo com o Financial Times (FT), o Comitê Federal de Mercado Aberto vai anunciar sua próxima decisão sobre as taxas de juros dois dias após o fechamento das urnas — com resultado potencial ainda desconhecido — mantendo a retomada de ritmo mais tradicional de flexibilização das taxas, com um corte de 0,25%.
Segundo economistas ouvidos pela apuração do FT, é esperado que a taxa de emprego se recupere, com poucos sinais de que os frágeis ganhos de outubro sejam um precursor de eventuais problemas, afastando temores iniciais de uma grave recessão.
Enquanto isso, o Fed continua tentando chegar a um nível neutro nas taxas de juros que não mais suprima o crescimento, mas também não o estimule. O objetivo é fazer a inflação voltar à meta de longo prazo de 2%, uma tarefa que parece cada vez mais plausível sem grandes perdas de empregos.
Em paralelo, na agenda da reunião do Fed na próxima semana e de suas futuras reuniões está a eleição presidencial dos EUA. Ambos os candidatos esboçaram plataformas econômicas muito diferentes, que, se implementadas, podem alterar a perspectiva de crescimento e inflação de forma significativa.
O ex-presidente Donald Trump quer o retorno de uma política comercial mais protecionista — com desejo de interferência na política do Fed — com a imposição de um conjunto abrangente de tarifas, além de impostos empresariais mais baixos e uma repressão da imigração, ao passo que a vice-presidente Kamala Harris quer se concentrar em expandir a rede de segurança social do país, aplicando impostos mais altos sobre os ricos, ao mesmo tempo em que mantém a independência do Fed.
A análise inicial da maioria dos economistas sugere que o plano de Trump seria mais inflacionário do que o de Harris e também poderia prejudicar o crescimento, apurou a mídia.