"Em um país em que temos estabilidade política, logicamente isso também se reflete na atuação policial. E, em alguns momentos, a fronteira entre Brasil e Bolívia e as estradas que unem os dois países podem estar menos ou mais reforçadas em relação ao controle policial, o que vai interferir diretamente na atuação das facções criminosas dos dois países. Há um risco muito grande de o PCC aproveitar essa vulnerabilidade e aumentar sua atuação no território. Isso é fundamental para eles para encurtar a distância entre o mercado produtor e o mercado consumidor de drogas com a questão logística e, também, aumentar seu lucro", resume.
Como é a segurança na Bolívia?
"A participação de membros de alto escalão das facções criminosas em governos foi um problema do México até o Chile, de forma geral, tanto no âmbito federal quanto no estadual quanto no município. Esse é um problema crônico da América Latina e é possível que a situação política instável da Bolívia deixe que novos arranjos políticos apareçam e que dê acesso a esses grupos armados a terem cargos públicos de chefia e de comando."