"As Forças Armadas dos EUA oferecem-nos tropas porque, caso contrário, teríamos sentido a sua escassez. Além disso, os EUA têm recursos importantes em termos de 'fogo profundo'. É disso que precisamos hoje, bem como de sistemas antiaéreos", comentou o general em entrevista ao jornal Le Figaro.
Burkhard comentou que os europeus devem estar preparados caso um dia os norte-americanos não estiverem mais perto deles.
"Os norte-americanos estão lutando pelo domínio mundial e essa luta está sendo travada na região do Indo-Pacífico. Portanto é possível que um dia comecem a enviar mais armas para aquele teatro de operações e devemos prever esse dia", disse o general.
Desde 24 de fevereiro de 2022, a Rússia realiza uma operação militar especial com o objetivo de defender as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL), anteriormente reconhecidas por Moscou como Estados soberanos, contra o genocídio cometido por Kiev, e de enfrentar os riscos de segurança nacional representados pelo avanço da OTAN para o Leste Europeu.
A Ucrânia é apoiada militarmente por 32 países do bloco militar liderado pelos Estados Unidos e composto pela maioria dos países que integram a União Europeia (UE).
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou anteriormente que os EUA e a OTAN participam diretamente do conflito na Ucrânia com o fornecimento de armas e a formação de militares ucranianos nos territórios do Reino Unido, Alemanha, Itália e outros países.
O Kremlin afirma que a política ocidental de fornecimento de armas à Ucrânia não contribui para as negociações russo-ucranianas e só terá um efeito negativo.