O lucro total nos primeiros nove meses, de R$ 19 bilhões, cresceu 31,4% frente a 2023. O período também marcou a maior carteira de crédito desde dezembro de 2017 (R$ 550,3 bilhões) e apresentou aumento na demanda por crédito em todos os setores em relação ao mesmo período de 2022 e 2023, segundo o banco.
As consultas somaram R$ 258,9 bilhões de janeiro a setembro, aumento de 30% ante o mesmo período de 2023, e alta de 153% em relação a 2022.
Já os desembolsos totalizaram R$ 87 bilhões de janeiro a setembro de 2024, crescimento de 15% sobre 2023 (R$ 75,4 bilhões) e de 38% em relação a 2022 (R$ 62,9 bilhões).
Os setores que puxaram as aprovações este ano foram indústria e comércio/serviços. Segundo a estatal, a indústria superou pela primeira vez a agropecuária. A carteira expandida cresceu 11,1%, a R$ 550,3 bilhões, a maior cifra desde 2017.
A inadimplência ficou em 0,001% e permanece inferior à do Sistema Financeiro Nacional (3,24% geral e 0,26% para grandes empresas em setembro de 2024).
Busca do déficit fiscal zero
O anúncio foi feito pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, durante coletiva de imprensa sobre o balanço do terceiro trimestre do banco, em São Paulo (SP). Ele adiantou que o BNDES vai contribuir com repasses de R$ 34,3 bilhões para ajudar o governo a alcançar o déficit fiscal zero em 2024.
"Despesas obrigatórias não podem esmagar o investimento, que é o que está acontecendo", declarou ele.
Segundo Mercadante, o banco vai pagar impostos e dividendos, além dos lucros do banco previstos para 2024 a serem repassados ao Tesouro. Os pagamentos são de cerca de R$ 6,5 bilhões em impostos e tributos e de R$ 25 bilhões de dividendos, com base no lucro estimado para o banco neste ano, além do repasse de mais R$ 2,8 bilhões em dividendos do passado.