"Podemos razoavelmente assumir que, não tendo conseguido [no primeiro mandato] abandonar a OTAN, Trump vai ignorar a aliança, que já não é sua prioridade. Ele não dará a esta organização quaisquer garantias nem apoio. Trump não é um militarista em seu coração, e a expansão do império também não será sua prioridade", acredita Delavard, que também é especialista em política externa e de defesa.
Ele apontou que as questões econômicas na política externa dos EUA, pelo contrário, serão centrais para Trump. "Trump é um empresário. Ele quer transformar a economia dos EUA deslocando inúmeras atividades e restaurando o equilíbrio comercial com inúmeros parceiros comerciais. Ele terá de impor impostos muito elevados sobre as importações provenientes de países com os quais a balança comercial atualmente é muito desequilibrada. Ele também vai tentar impor exportações de bens e serviços dos EUA para estes países", disse o especialista em entrevista à Sputnik.
"A UE será, portanto, vista por Trump e sua administração não como um aliado que deve ser apoiado, mas como um parceiro comercial com o qual é absolutamente necessário reequilibrar o comércio, impondo exportações de seus produtos e restringindo as importações da UE através de impostos barreira e direitos aduaneiros," explicou ele.