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Protesto na Paulista reúne trabalhadores contra escala 6x1 e defende PEC da redução da jornada

Trabalhadores e movimentos populares se reuniram nesta sexta-feira (15) na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), para protestar contra a escala de trabalho 6x1, que exige seis dias de atividade para apenas um de descanso.
Sputnik
O ato teve faixas, cartazes e discursos e também levantou a bandeira da redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais para um modelo 4x3, no qual os trabalhadores teriam três dias de folga.
A iniciativa é defendida pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) protocolada na Câmara dos Deputados pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que aguarda votação após conquistar o apoio necessário de 206 parlamentares.
Douglas Batista, economista presente no protesto, denunciou as condições de trabalho exaustivas e apontou a necessidade de mudanças estruturais.
"Trabalho, em média, 12 horas por dia e não acho justo que essas horas a mais fiquem em um banco de horas. Precisamos da redução da escala de 6x1 para 4x3 e do fim desse banco de horas. A via institucional está cada vez mais fracassando; acredito que só uma via revolucionária pode mudar o país".
Ele ainda comentou suas expectativas em relação à PEC: "Acho que teremos alguns ganhos, mas serão muito abaixo do que merecemos. Ganhos reais, só com mudanças profundas."
O criador de conteúdo digital Lucas Pierre Paiva participou do ato em solidariedade aos trabalhadores que enfrentam essa rotina. "Eu não sofro com a escala 6x1, mas vejo pessoas que sofrem, e isso não é humano. Essa luta vai além de ideologias, é coletiva e necessária."
"Hoje tenho o privilégio de não depender desse tipo de trabalho, mas quem garante que amanhã minha situação não muda? Por isso estou aqui, lutando pelos direitos de todos".
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A proposta, que alcançou 206 assinaturas nesta semana, agora segue para avaliação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados e para um colegiado especial antes de ir a votação no plenário.
Caso aprovada, será enviada ao Senado, onde deverá passar por mais análises e votações. Após todo esse trâmite, caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidir se promulgará ou não a medida.
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