No domingo (17), o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, o ministro da Defesa da Austrália, Richard Marles, e Nakatani mantiveram conversações sobre, entre outras coisas, a cooperação em exercícios, operações, tecnologia e setor de defesa, segundo foi relatado previamente pelo ministério militar australiano.
O ministro japonês disse que fez uma proposta para a criação de um mecanismo de defesa entre os três países e recebeu a resposta positiva deles.
O mecanismo inclui:
Reuniões ministeriais regulares para determinar a direção da cooperação;
Apoio e acompanhamento por grupos de trabalho nos níveis de medidas e gerenciamento;
Reações a situações de emergência na região e realização de exercícios de equipe conjuntos.
Segundo o ministro, por meio dessas atividades o mecanismo tem o objetivo de aumentar o nível de cooperação em defesa entre o Japão, os EUA e a Austrália.
Além disso, Nakatani disse que foi discutida a participação do Japão de exercícios anfíbios como parte da iniciativa dos EUA na Austrália para reorganizar suas Forças Armadas.
Richard Marles anunciou que o Japão vai começar a enviar regularmente para a Austrália a Brigada Anfíbia de Colocação Rápida, uma unidade de elite da Força de Autodefesa japonesa.
Os dois lados também concordaram em discutir o compartilhamento de informações sobre a arquitetura de defesa contra mísseis aéreos em rede para combater as ameaças de mísseis.
Durante a reunião, o chefe do Pentágono Lloyd Austin anunciou que o pacto militar AUKUS, assinado pela Austrália, Reino Unido e Estados Unidos em 15 de setembro de 2021, vai "sobreviver" à mudança de presidente nos EUA assim como sobreviveu anteriormente às mudanças de governos na Austrália e no Reino Unido.
No quadro do AUKUS, anunciado como uma ferramenta de oposição contra a China na Ásia-Pacífico, os EUA planejam entregar três submarinos de propulsão nuclear da classe Virginia, capazes de lançar mísseis nucleares, para a Austrália na década de 2030, com a possibilidade de aumentar o lote para cinco.
Submarino norte-americano da classe Virginia SSN 774 USS (foto de arquivo)
© Foto / Marinha dos EUA
Neste contexto, Austin assegurou que Washington poderá fornecer a Camberra submarinos nucleares da classe Virginia, apesar dos relatos de uma crise na implementação dos programas de construção.
Anteriormente, os Estados Unidos enfrentaram uma crise na implementação de programas para a construção de submarinos nucleares das classes Columbia e Virginia devido a atrasos no cronograma, excedentes significativos de custos, escassez de especialistas e outros problemas, conforme informações da mídia.
Ilustração do futuro submarino porta-mísseis da classe Columbia
© Foto / Domínio público / Marinha dos EUA
Em particular, foi relatado que a Marinha dos EUA vai ter que gastar US$ 17 bilhões (R$ 98,5 bilhões) a mais nos próximos seis anos para construir os submarinos.