Durante o domingo (17), Lula recebeu a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para discutir o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, que está em um impasse por conta de exigências da França. A reunião contou com a participação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, do assessor especial Celso Amorim e do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Márcio Elias Rosa. A retomada das discussões foi destacada como essencial para fortalecer os laços comerciais entre os dois blocos.
Em um encontro com o príncipe herdeiro dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Khaled bin Mohamed bin Zayed Al Nahyan, Lula discutiu a ampliação da cooperação econômica entre os dois países. Um memorando de entendimento chegou a ser firmado, com expectativas de investimentos estratégicos em energia e infraestrutura no Brasil.
O presidente também se reuniu com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni. A premiê destacou o vínculo histórico entre os dois países, com 30 milhões de descendentes no Brasil. Durante o encontro, foi abordado o interesse italiano em investir 40 bilhões de euros (R$ 245 bilhões) no país e a necessidade de avanços na prestação de serviços da Enel, empresa que tem enfrentado problemas principalmente em São Paulo.
Em outro compromisso, Lula esteve com o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim. Eles discutiram a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, que será lançada pelo Brasil no G20, e reforçaram a importância da cooperação em semicondutores e pesquisa agrícola.
Lula ainda esteve com o presidente de Angola, João Lourenço, quando abordaram questões sobre o apoio ao setor agrícola e também a respeito de uma produção de maior escala, com cooperação técnica e em sementes. "Os presidentes falaram ainda sobre cooperação e atração de investimentos privados para a construção de linhas de transmissão para regiões industriais e de integração energética com a Namíbia e a África do Sul", destacou a nota do Palácio do Planalto.
Por fim, o presidente Lula recebeu o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh, que fez o convite para uma visita oficial ao país no primeiro semestre de 2025. Com comércio em ascensão com o Brasil, o Vietnã foi convidado pela presidência brasileira para participar da cúpula do G20.
Durante os encontros, o presidente Lula reafirmou a defesa de uma reforma da governança global, com mudanças no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e no sistema financeiro internacional.