Panorama internacional

Negociações de paz exigem diálogo entre Rússia e Ucrânia, defende chanceler da Colômbia no Brasil

O ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, afirmou neste domingo (17) que qualquer diálogo para alcançar a paz entre Rússia e Ucrânia deve envolver a participação ativa de ambas as nações. Autoridade colombiana está no Rio de Janeiro, onde estará presente na Cúpula do G20.
Sputnik

"Qualquer diálogo em busca da paz entre Rússia e Ucrânia exige que ambas as partes estejam presentes. No que diz respeito à Colômbia, o presidente Gustavo Petro é uma figura importante, um líder global consultado por sua posição diante desse conflito. Ele nos instruiu a trabalhar por uma paz justa entre esses dois países", declarou Murillo em uma coletiva de imprensa no Rio de Janeiro, onde participa da Cúpula do G20.

A Colômbia demonstrou disposição em apoiar esforços para construir uma paz estável e duradoura entre Rússia e Ucrânia. Nesse contexto, Murillo visitou Moscou nesta semana, quando se reuniu com o homólogo russo, Serguei Lavrov, para discutir a possibilidade de promover diálogos de paz entre os dois países.

"Rússia está disposta e aberta a dialogar sobre paz com a Ucrânia. Essa foi a mensagem do presidente [russo, Vladimir] Putin", afirmou o chanceler colombiano.

Desde 24 de fevereiro de 2022, a Rússia conduz a operação militar especial na Ucrânia com o objetivo de proteger a população de um "genocídio pelo regime de Kiev" e mitigar os riscos à segurança nacional causados pela expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em direção ao Leste Europeu.
A última rodada de negociações entre Moscou e Kiev ocorreu em 29 de março de 2022, na cidade turca de Istambul. Desde então, os dois países não retomaram as conversas. Moscou declarou várias vezes sua disposição para negociar, mas condiciona a retomada das negociações à revogação de um decreto ucraniano que proíbe Kiev de negociar com a Rússia.
Operação militar especial russa
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O presidente colombiano, Gustavo Petro, se ofereceu em diversas ocasiões como mediador no conflito. Em parceria com o ex-presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, Petro propôs uma trégua de cinco anos como base para um acordo de paz. Contudo, a proposta foi rejeitada por Vladimir Zelensky, que a classificou como "muito ruim".
Até o momento, a Ucrânia condiciona o cessar das hostilidades à recuperação de todos os territórios, incluindo a Crimeia.
Em junho deste ano, Putin apresentou condições para iniciar negociações de paz, incluindo a retirada das tropas ucranianas de quatro novos territórios russos (Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhie), o compromisso da Ucrânia de não aderir à OTAN, a manutenção de um status neutro e não nuclear, além do levantamento de todas as sanções contra a Rússia. Zelensky rejeitou a proposta, classificando-a como um "ultimato".
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