Operação militar especial russa

Rússia muda sua doutrina nuclear: o que mudou e por que Ocidente deve ser cauteloso?

Lançamento do míssil balístico intercontinental de base fixa Sarmat do cosmódromo de Plesetsk.
A nova doutrina nuclear russa, recentemente assinada pelo presidente da Rússia Vladimir Putin, apresenta vários artigos notáveis que não estavam presentes nas versões anteriores da doutrina, disse à Sputnik o analista militar russo e coronel aposentado Viktor Litovkin.
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A primeira caraterística distintiva da doutrina atualizada é que agora implica o status de Belarus em que a Rússia implantou armas nucleares, explicou ele.
A segunda trata da possibilidade de usar armas nucleares no caso de a Rússia ser atacada por um país não nuclear apoiado por um Estado nuclear.
Segundo Litovkin, a Rússia envia, assim, um aviso direto aos Estados Unidos e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que fornecem mísseis de longo alcance à Ucrânia e incentivam Kiev a usá-los, travando efetivamente uma guerra por procuração contra a Rússia.
Vladimir Putin, presidente da Rússia, durante reunião com Vladimir Saldo, governador da região de Kherson (fora da foto), 25 de junho de 2024
Panorama internacional
Vladimir Putin aprova doutrina russa atualizada de dissuasão nuclear
O especialista lembrou que tais mísseis podem ser programados apenas por militares da OTAN, uma vez que os ucranianos não têm capacidades e experiência para usá-los eficazmente.

"Esse é um aviso sério de que, se eles forem longe demais e mísseis de longo alcance forem usados contra o território russo, [...] teremos o poder de atacar os locais de onde esses mísseis forem lançados", conclui.

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