O principal meio de financiamento climático pressupõe que os países ricos, que são os maiore poluidores históricos, compensem os gastos dos pobres, mas o valor anunciado foi recebido sob protestos de países em desenvolvimento e de especialistas no evento, que consideraram o valor baixo.
Também foram aprovadas as normas para regular as transações de carbono entre os países. A aprovação foi celebrada por países e autoridades, incluindo do Brasil.
O avanço na regulamentação do mercado de carbono internacional ocorre depois de uma década de negociações. Os detalhes a serem definidos incluíam como seria estruturado um registro para rastrear os créditos, assim como a quantidade de informações que os países deveriam compartilhar sobre seus acordos e o que deveria acontecer quando os projetos falhassem.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que está em Baku, capital do Azerbaijão, declarou que houve momentos de tensão para o acordo final e ressaltou em seu discurso no evento a enorme responsabilidade do Brasil que assumiu a presidência para sediar a COP30 no próximo ano, em Belém, no Pará.
"O que precisamos alcançar na COP30 no Brasil a se realizar em plena Região Amazônica, será o resultado daquilo que durante mais de três décadas fomos capazes de tecer com os fios de nossos compromissos éticos e políticos", disse ela.
"A COP30 em Belém é realmente um grande desafio que só poderemos alcançar com o esforço e a colaboração de cada um de nós aqui representados", completou ela.
Com investimentos de quase R$ 5 bilhões do governo federal, a cidade de Belém recebe obras para melhorar a infraestrutura para receber o evento.