Essas galáxias foram descobertas em imagens tiradas pelo Telescópio Espacial James Webb, e os resultados do estudo foram publicados na revista The Astrophysical Journal.
UFOs são galáxias vermelhas que emitem pouca luz visível, mas emitem radiação infravermelha. Anteriormente elas passavam despercebidas, uma vez que a sua luz era quase invisível para o Telescópio Espacial Hubble, que só conseguia detectar a luz visível. Entretanto, o Telescópio Espacial James Webb (JWST) que opera na faixa de infravermelhos, foi capaz de detectar esses objetos.
Imagens das mesmas regiões do espaço observadas pelos telescópios Hubble (em cima) e James Webb (em baixo). A galáxia vermelha UFO era quase totalmente invisível nas observações do Hubble
© Foto / Gibson et al, 2024, The Astrophysical Journal
Para obter dados, os pesquisadores usaram o projeto JADES (Levantamento Extragaláctico Profundo Avançado) do JWST, bem como simulações de computador, que permitiram estudar em detalhe a estrutura e propriedades dessas galáxias evasivas.
A análise mostrou que os UFOs são semelhantes em forma e tamanho à Via Láctea, mas são muito mais empoeiradas. Em particular, a quantidade de poeira em UFOs é tão grande que bloqueia cerca de 50 vezes mais luz do que na nossa galáxia. É possível que a poeira se produz na sequência das explosões de estrelas moribundas que ejetam partículas metálicas para o espaço.
Imagens das mesmas regiões do espaço observadas pelos telescópios espaciais Hubble e James Webb
© Foto / The Astrophysical Journal (2024). DOI: 10.3847/1538-4357/ad64c2
No entanto, ainda é um mistério por que essas galáxias contêm tanta poeira em comparação com as outras. Os cientistas acreditam que as observações futuras vão lançar luz sobre os processos de formação de UFOs e a sua evolução estelar.