É o que disse, nesta quinta-feira (28), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acrescentando que o Exército já está ciente desse status.
"Usaremos o cessar-fogo. Não falei sobre o fim da guerra, falei sobre o cessar-fogo… Pode ser curto… Estamos usando a força. […] dei uma ordem às Forças de Defesa de Israel [FDI] para iniciar uma guerra em larga escala em caso de violação grave desse esquema de cessar-fogo", disse Netanyahu à emissora israelense Channel 14.
Segundo o primeiro-ministro israelense, o cessar-fogo será usado para rearmamento e repor forças.
Desenvolvimento da crise no Oriente Médio
Em 7 de outubro de 2023, Israel foi alvo de um ataque de foguetes sem precedentes a partir da Faixa de Gaza.
Depois disso, combatentes do movimento palestino Hamas se infiltraram nas áreas de fronteira, abriram fogo contra militares e civis e fizeram mais de 200 reféns.
De acordo com as autoridades, cerca de 1,2 mil pessoas foram mortas nessa ocasião.
As FDI lançaram, em resposta, a operação Espadas de Ferro na Faixa de Gaza, incluindo ataques a alvos civis.
Israel anunciou um bloqueio completo do enclave: o fornecimento de água, eletricidade, combustível, alimentos e medicamentos foi interrompido.
Dezenas de milhares de pessoas foram mortas e muito mais ficaram feridas.
O movimento político armado do Líbano Hezbollah, que de fato tem suas próprias Forças Armadas, iniciou bombardeios contra posições do Exército israelense no norte de Israel em solidariedade ao povo palestino.
Em 17 e 18 de setembro de 2024, equipamentos pessoais de comunicação pertencentes ao Hezbollah, primeiro pagers e depois walkie-talkies, explodiram simultaneamente em diferentes partes do Líbano.
Desde o final de setembro, Israel começou a bombardear sistematicamente posições do Hezbollah no Líbano, inclusive áreas civis na capital do país, Beirute.
Como resultado das hostilidades na região, centenas de milhares de pessoas tiveram que deixar suas casas, foram mortas ou ficaram feridas.