"Estamos interrompendo a entrega de ajuda por Kerem Shalom, o principal ponto de passagem para ajuda humanitária em Gaza. A estrada que sai dessa passagem não é segura há meses. Em 16 de novembro, um grande comboio de caminhões de ajuda foi roubado por gangues armadas. Ontem, tentamos trazer alguns caminhões de comida pela mesma rota. Todos foram levados", disse Lazzarini em sua conta no X.
O chefe da UNRWA observou que a operação humanitária na Faixa de Gaza havia se tornado "desnecessariamente impossível" devido ao cerco em andamento, "os obstáculos das autoridades israelenses", decisões políticas para restringir as quantidades de ajuda, falta de segurança nas rotas de ajuda e alvos da polícia local.
"Tudo isso levou a uma quebra na lei e na ordem", disse Lazzarini.
Ele pediu a Israel que garantisse a segurança dos fluxos de ajuda para o enclave palestino e se abstivesse de ataques a trabalhadores humanitários.
Em outubro, o então chefe de política externa da União Europeia (UE), Josep Borrell, disse que a situação na Faixa de Gaza era tão terrível que o direito humanitário estava "abaixo dos escombros". De acordo com o diplomata, a quantidade de ajuda que chegava à região estava no ponto mais baixo desde o início das hostilidades.
Em 7 de outubro de 2023, Israel foi submetido a um ataque de foguetes sem precedentes da Faixa de Gaza. Além disso, combatentes do Hamas se infiltraram nas áreas de fronteira, abriram fogo contra militares e civis e fizeram reféns. Autoridades israelenses dizem que cerca de 1.200 pessoas foram mortas durante o ataque. Em resposta, as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram a Operação Espadas de Ferro na Faixa de Gaza e anunciaram um bloqueio completo do enclave. O número de mortos na sequência dos ataques israelenses ultrapassou 44.200 na Faixa de Gaza, de acordo com autoridades de saúde locais.