"Como parte do aumento na assistência que o presidente Joe Biden anunciou em 26 de setembro, os Estados Unidos estão fornecendo outro pacote significativo de armas e equipamentos urgentemente necessários para nossos parceiros ucranianos", disse Blinken em um comunicado à imprensa.
"Essa assistência adicional, fornecida sob a Autoridade de Retirada Presidencial exercida anteriormente dos estoques do Departamento de Defesa, é avaliada em US$ 725 milhões", especificou.
O novo pacote inclui mísseis Stinger, sistemas aéreos não tripulados (UAS), munições contra sistemas UAS, munições para o lançador de foguetes HIMARS, munições de artilharia de 155 mm e 105 mm, minas terrestres antipessoal não persistentes, mísseis antiblindados Javelin, AT-4 e TOW, além de equipamentos de proteção de infraestrutura, peças de reposição e outras auxiliares.
A Autoridade de Retirada Presidencial (PDA, na sigla em inglês) permite que a Casa Branca use seu estoque de armas para ajudar aliados durante situações de emergência. O Congresso norte-americano autorizou que Biden disponibilize, dessa forma, equipamentos no montante de US$ 4 bilhões (R$ 24 bilhões) a US$ 5 bilhões (R$ 30 bilhões) até o fim de seu mandato.
Esse é o maior pacote de ajuda dentro do escopo do PDA realizado por Biden. Antes, esse tipo de ajuda norte-americana variava entre US$ 125 milhões (R$ 758 milhões) e US$ 250 milhões (R$ 1,5 bilhão).
O envio de minas antipessoal eleva os riscos do conflito. A Convenção de Ottawa de 1997, também conhecida como Tratado de Proibição de Minas, proíbe uso, armazenamento, produção e transferência de minas antipessoal.
Esse armamento é proibido em 164 países, incluindo a Ucrânia, por conta dos perigos que trazem à população civil, uma vez que são projetadas para serem enterradas no solo.
Pelo direito internacional, são vistas como armas indiscriminadas, uma vez que o alvo não é definido e, apesar do seu projeto de torná-las inativas após alguns dias ou semanas, muitas vezes permanecem perigosas anos após o fim de um conflito.
O Kremlin declarou em diversos momentos que o fornecimento de armas à Ucrânia prolonga o conflito e dificulta sua resolução por meios pacíficos. Segundo Moscou, esse fornecimento também envolve diretamente os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no confronto.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, alertou que os carregamentos de armas para a Ucrânia são considerados um alvo legítimo para a Rússia.