O Canadá teve a maior queda nas receitas provenientes do fornecimento de diamantes brutos e polidos para os mercados mundiais.
De acordo com a plataforma Comtrade da ONU, nos primeiros oito meses deste ano, as exportações canadenses caíram pela metade, para US$ 541 milhões (R$ 3,29 bilhões) de US$ 1,1 bilhão (R$ 6,7 bilhões) no mesmo período do ano passado.
Ao mesmo tempo, as exportações de Botsuana, que no ano passado produziu quase um quarto de todos os diamantes do mundo, caíram 1,8 vez, para US$ 2,3 bilhões (R$ 14,01 bilhões) nos primeiros nove meses deste ano.
Outros fornecedores registraram uma queda nas exportações de diamantes em uma média de um quarto:
Exportações da África do Sul caíram 29%, para US$ 1,15 bilhão (R$ 7 bilhões);
Exportações dos EUA caíram 27%, para US$ 9,9 bilhões (R$ 60,3 bilhões);
Exportações da União Europeia (UE) caíram de US$ 7 bilhões (R$ 42,6 bilhões) para US$ 5,2 bilhões (R$ 31,6 bilhões);
Exportações de Israel caíram de US$ 5,7 bilhões (R$ 34,7 bilhões) para US$ 4,4 bilhões (R$ 26,7 bilhões);
Exportações da Índia caíram 18%, para US$ 19,2 bilhões (R$ 116,9 bilhões).
O maior exportador de diamantes do mundo, os Emirados Árabes Unidos (EAU), e o maior "minerador", a Rússia, não publicaram estatísticas sobre as exportações.
Porém, os dados sobre as compras no mercado mostram que os dois países também tiveram uma redução.
No geral, as exportações de diamantes dos países mencionados acima totalizaram US$ 42,7 bilhões (R$ 260 bilhões), contra US$ 56,5 bilhões (R$ 344 bilhões) no mesmo período do ano passado.
O motivo da queda nas receitas de exportação é o declínio nos preços dos diamantes polidos no mundo.
De acordo com o índice da Bolsa Internacional de Diamantes (IDEX), o valor dos diamantes polidos nos nove meses deste ano caiu cerca de 12%.
Diante desse cenário, os fornecedores dessas pedras preciosas preferem reduzir a oferta nos mercados mundiais.