No dia anterior, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou um empréstimo de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 120 bilhões) para a Ucrânia como parte do empréstimo geral de US$ 50 bilhões (cerca de R$ 300 bilhões) do G7, com pagamento por meio de recursos provenientes de ativos soberanos russos congelados.
"Em resposta, a Rússia pode retaliar nacionalizando os ativos das empresas norte-americanas, se ainda houver alguma em seu território, ou tomar qualquer outra medida de natureza econômica. Além disso, os esforços intensificados da Rússia para reduzir o uso do dólar dentro do BRICS, promovendo uma iniciativa para criar sua própria moeda dentro do bloco, não podem ser descartados", disse ele.
"Por fim, não devemos descartar a possibilidade de intensificar as ações do Exército russo para desativar as instalações de defesa e a infraestrutura crítica na Ucrânia: se o inverno lá for frio e as usinas térmicas não funcionarem, queimar os US$ 20 bilhões (cerca de R$ 120 bilhões) alocados em fogões não ajudará, a moeda americana vai ser queimada muito rapidamente", acrescentou o especialista.
Após o início da operação especial russa na Ucrânia, a UE e os países do G7 congelaram quase metade das reservas monetárias da Rússia, no valor de cerca de € 300 bilhões (cerca de R$ 1.9 biliões). O Ministério das Relações Exteriores da Rússia chamou repetidamente o congelamento dos ativos russos na Europa de roubo.
Em outubro, os ministros das Finanças do G7 afirmaram que o empréstimo a Kiev, no valor de quase US$ 50 bilhões (cerca de R$ 300 bilhões), seria totalmente pago de dezembro de 2024 a 31 de dezembro de 2027, enquanto o corpo principal do empréstimo e os juros seriam pagos com rendimentos provenientes dos ativos congelados da Rússia.